9.9.14

A orelha do Marcelino

Carne do umbigo, meu livro novo, sai em novembro pela Editora Oitoemeio. Convidei pra escrever a orelha o super escritor e agitador e meu grande espalhador e amigo Marcelino Freire, mas nunca imaginei o grau de beleza com que ele ia me presentear. O impulso irresistível foi gravar, porque a prosa dele pede voz e eu não sei agradecer melhor do que isso.



Marcelino querido, então estou eu chorando num taxi a caminho de casa, eu de vestido de gala que na verdade é camisola chique presente da mãe, saindo de um baile no Cassino da Urca que não via bailes há 68 anos, eu no taxi de arranjo de cabeça vermelho de carnaval e echarpe espanhola borrando o rímel com tamanha beleza e fundura e fodideza do seu texto. Querido, como te agradecer? O que te dizer? Isso não é uma orelha, isso é um coração que pulsa. Que emoção ler. Estou mais do que tudo feliz de ter te convidado pressa tarefa missão trabalhosa que eu bem sei e portanto nada de desculpas por demora ou que tais, estou feliz mais que tudo por saber que cê me sente assim, e saber com as suas melhores palavras, nessa sua prosa poética premiável premiada derramada pulso aberto coração adentro. Caramba. Como dormir agora, meu deus?! Melhor insônia eu desconheço. Obrigada e meu melhor sorriso, Maria