Em junho a minha estréia no papel vai fazer cinco anos. 11 de junho de 2003, na Cobal do Humaitá, uma noite alegre de palavras e música e muitos amigos, livros e discos vendidos, felicidade, felicidade. Cinco anos mudam muita coisa, mas nem todas. A perda mais triste é essa, a continuidade mais feliz é essa.
Cinco anos é também um intervalo longo demais entre um primeiro e um segundo livro. Mil "mas é que" e alguns "também, né?" tentam justificar, mas a verdade é: publicar livro de poesia é assunto do poeta, e só dele. Não adianta contar com editora apostando o suficiente pra bancar os custos ou concursos públicos que concluam que seu livro é genial e te paguem pra trabalhar nele. Poucas chances. Pra mim nenhuma em cinco anos.
Mas enfim a inteligência me arrebatou e a grana dos outros trabalhos encheu o cofrinho o suficiente pra ser possível tomar a vida nas mãos de novo e dizer: Bendita Palavra, aí vamos nós. Com a parceria da 7Letras em breve meu segundo livro vai virar papel encadernado circulando em livrarias, e eu tô feliz que só!
E como nesse intervalo tudo que rolou foi aqui, no mariadapoesia, espero que vocês, que me lêem aqui, queiram também me ler aí nas suas casas mas sem virtualidades, com o computador desligado, deitados no sofá, espichados na cama, fazendo hora em salas de espera, por aí, por aí...
"Carne do umbigo", "Bendita palavra" e "Substantivo feminino" são a versao impressa e bem acabada do que rola aqui. Quer me ter na sua mão em forma de livro e disco? Me escreve aqui!
26.1.08
22.1.08
recomendo, recomendo, recomendo
Parece improvável: uma banda instrumental, com composições próprias e covers inusitados, lotando shows pelo Rio de Janeiro afora, e ainda colocando todo mundo pra dançar a noite toda. Parecia improvável, mas rolou, rola toda semana e nessa, em particular, vai ser no palcão do Circo Voador e com participações incríveis.
Imperdível!
Pros não-estudantes como eu, lista amiga aqui.
16.1.08
ainda
Palavras em caixas de som
Um corpo iluminado
E um rio branco correndo do outro lado da cidade
Já naquela noite
− embora ainda sem gemidos
Depois a voz gravada no etéreo
Permanência com prazo de fim
Sob o céu preto do mundo o encontro
A boca nessa hora transformou palavra em beijo:
Foi palavra, palavra
Palavra no fundo do ouvido
E aí beijo
Beijo como quase nunca mais ia ser
Mas de vez em quando ainda
O desejo ali deitado colou no corpo sem volta
Nem tudo era possível
Nem tudo ia ser tão bom assim
Mas era tudo verdade e continua
É tudo verdade e continua
Continua tudo ardendo noite adentro
Um corpo iluminado
E um rio branco correndo do outro lado da cidade
Já naquela noite
− embora ainda sem gemidos
Depois a voz gravada no etéreo
Permanência com prazo de fim
Sob o céu preto do mundo o encontro
A boca nessa hora transformou palavra em beijo:
Foi palavra, palavra
Palavra no fundo do ouvido
E aí beijo
Beijo como quase nunca mais ia ser
Mas de vez em quando ainda
O desejo ali deitado colou no corpo sem volta
Nem tudo era possível
Nem tudo ia ser tão bom assim
Mas era tudo verdade e continua
É tudo verdade e continua
Continua tudo ardendo noite adentro
7.1.08
A musa do século 21
Gata, gostosa, tesudinha:
dá de quatro, dá de lado e ainda dá a bundinha.
Aberta, relax, super moderninha:
divide o namorado com hippies e patricinhas.
Séria, independente, meio estressadinha:
tem sua própria casa e paga as contas sozinha.
Culta, inteligente, artisticazinha:
Cita filosofia, curte música e um cineminha.
Doce, prendada, jeitosinha:
lava a roupa, arruma a casa e ainda cozinha.
Faz a unha, faz uns bicos, faz café, faz 69,
busca o cara no seu carro e ainda dirige pro motel.
Compra frutas, roupa nova, se depila e lê de tudo,
tem email, tem um blog, tem crédito no celular.
Não pede ajuda, não liga pra bagunça, não chora à toa, não fala demais.
Não é careta nem doidona,
adora esportes na tv e sexo de madrugada,
não fala em filhos nem casamento
e cuida sozinha da anticoncepção.
Por ela suspiram os machos do século 21,
e por causa dela sofrem as fêmeas,
meros projetos de musa,
nós, mulheres reais.
dá de quatro, dá de lado e ainda dá a bundinha.
Aberta, relax, super moderninha:
divide o namorado com hippies e patricinhas.
Séria, independente, meio estressadinha:
tem sua própria casa e paga as contas sozinha.
Culta, inteligente, artisticazinha:
Cita filosofia, curte música e um cineminha.
Doce, prendada, jeitosinha:
lava a roupa, arruma a casa e ainda cozinha.
Faz a unha, faz uns bicos, faz café, faz 69,
busca o cara no seu carro e ainda dirige pro motel.
Compra frutas, roupa nova, se depila e lê de tudo,
tem email, tem um blog, tem crédito no celular.
Não pede ajuda, não liga pra bagunça, não chora à toa, não fala demais.
Não é careta nem doidona,
adora esportes na tv e sexo de madrugada,
não fala em filhos nem casamento
e cuida sozinha da anticoncepção.
Por ela suspiram os machos do século 21,
e por causa dela sofrem as fêmeas,
meros projetos de musa,
nós, mulheres reais.
1.1.08
Novo
Tudo novo de novo
ou
A continuidade
(no bom sentido, não me entendam mal. tudo aqui hoje no melhor sentido)
A noite foi de festa, e a comemoração pela virada de 7 pra 8 teve as melhores músicas, ótimas pessoas, uma puta vista, champanhe pra dar e vender, e teve a gente em grande forma, bonitos nas nossas roupas escolhidas, celebrando as conquistas do ano que acabava que se esparramam pro que começa, felizes felizes felizes.
Não é começar do zero, ufa! É mais como uma página recém virada do mesmo caderno antigo, aquele que começou quando a gente nasceu e que pode ter tantas folhas quanto a gente quiser, e fizer.
O meu é gordo, cheio de acontecimentos, e vai precisar de fitinha pra amarrar porque os planos são de muito mais!
ou
A continuidade
(no bom sentido, não me entendam mal. tudo aqui hoje no melhor sentido)
A noite foi de festa, e a comemoração pela virada de 7 pra 8 teve as melhores músicas, ótimas pessoas, uma puta vista, champanhe pra dar e vender, e teve a gente em grande forma, bonitos nas nossas roupas escolhidas, celebrando as conquistas do ano que acabava que se esparramam pro que começa, felizes felizes felizes.
Não é começar do zero, ufa! É mais como uma página recém virada do mesmo caderno antigo, aquele que começou quando a gente nasceu e que pode ter tantas folhas quanto a gente quiser, e fizer.
O meu é gordo, cheio de acontecimentos, e vai precisar de fitinha pra amarrar porque os planos são de muito mais!
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