27.3.09

KIT

(foto de Akemi Ono)

Finalmente, com mais de três meses de atraso, aparecem as fotos do famoso kit de livro + disco! Confesso envergonhada que nem fui eu mesma que tirei as fotos, como prova o crédito ali embaixo delas. O registro é obra da minha amiga Akemi Ono, que comprou o livro na livraria do Odeon e fez o enorme favor de fotografar e me mandar.

A idéia de colocar livro e disco num pacote pra presente veio por conta do lançamento pertinho do Natal. Aí nasceu essa embalagem bacanérrima, que existe em versão amarela e rosa, e que eu criei com os auxílios luxuosos da Claudete, minha sogra, na compra das embalagens, do Louis Bravo, namorado da Fê, na idéia da etiqueta, e das meninas do Petit Pois Studio, Marianna e Tati, na confecção dela.

Agora, além da felicidade de poder finalmente divulgar imagens do kit, adorei a idéia da fotógrafa de colocar o kit na geladeira, junto com outros produtos de primeira necessidade!





(foto de Akemi Ono)

Pra quem acha que poesia é mesmo isso, e se animar a comprar a minha, aviso que o kit está à venda em cinco lugares entre Rio e Sampa:

- Livraria Odeon (Cinelândia - RJ)

- Casa Poema (Botafogo - RJ)

- loja S.A. (Fórum de Ipanema - RJ)

- loja Calligraphia (Rua Avanhandava - SP)

- Mercearia São Pedro (Vila Madalena - SP)

17.3.09

Novidades

Lançar um livro e um disco tem vários desafios. Começa por escrever os poemas, passa por editar o livro, gravar o disco, e aí enfim chega na hora fatal: a distribuição.

O substantivo feminino, que era independente, teve a maravilha de ter seu lançamento seguido pela estréia do Te vejo na Laura, onde eu dizia os poemas, seduzia o respeitável público e armava a banquinha no final. Tinha noite que vendia 20 livros, sucesso total, mas mesmo nas noites mais vazias pelo menos uns quatro ou cinco livros ganhavam a rua.

Agora tenho a vantagem ótima de ter a 7Letras como editora, com uma distribuição bem bacana, principalmente aqui no Rio. E como a internet tá aí pra potencializar o poder de todo mundo se espalhar, as lojas online como a Travessa, a Livraria Cultura e a própria editora fazem com que o livro esteja disponível em qualquer parte do Brasil, e até fora dele!

Mas o disco do Bendita Palavra ainda é independente, vendido à parte e praticamente não distribuido - já que eu sobre como distribuidora, e confesso que sou péssima nesse quesito...

Então é muita felicidade anunciar que o disco está à venda em mais dois lugares sensacionais aqui no Rio. Um deles é a Entretexto, livraria pioneira em Laranjeiras, que já vendia o livro e agora tem também o disco, oba! A Cristiane, dona de lá, é uma super livreira, uma apaixonada por livros como deveriam ser os donos de livraria, que acredita nos projetos e me achou, aqui pelo blog, pra dizer que queria vender o disco lá. O mérito é todo dela, então, e eu só posso agradecer esse espaço pro meu disco estar em exposição.

O outro lugar é uma loja bacanérrima, uma das minhas preferidas hoje, que é a S.A. - Sociedade Anônima. Fica no Fórum de Ipanema, e a dona é a Sol Azulay, uma estilista e apaixonada por coisas lindas de design incrível, por isso além de roupas sensacionais a loja vende todo tipo de objetos, desde chaveiros a vibradores e livros, claro. A partir de hoje o disco do Bendita Palavra se junta a tudo isso, e também o super lindinho kit de livro + disco naNegrito embalagem genial - que segue sendo secreta porque a poeta aqui não consegue ser também fotógrafa e finalmente revelar a cara desse bendito kit!

Agora a poeta-não fotógrafa-distribuidora tenta colocar o disco à venda numa loja online, pra não ter que ir ao correio toda vez que um leitor maravilhoso de outra cidade quer o disco pra acompanhar seu livro. Me aguardem, e enquanto isso podem pedir que eu visto a fantasia da poeta-mensageira e eu mesma mando!

13.3.09

Aval

Quando comecei a dizer poesia uma das poetas que eu conheci e por quem eu me encantei foi a Martha Medeiros. Apesar de pouca gente conhecer ela aqui no Rio naquela época, embora ela já fosse uma poeta super reconhecida em Porto Alegre, onde ela vive até hoje. Eu fiquei fã de poemas simples e no ponto como esse do livro Persona Non Grata.


"agora sei como se sente
uma noiva abandonada no altar

você podia tudo na minha vida
menos faltar."


Alguns dos primeiros livros de poesia dela estão esgotados, mas a Poesia Reunida da LP&M é sensacional, e o vermelhinho Cartas extraviadas e outros poemas tem, como diz o nome, poemas em verso e em forma de cartas, com coisas lindas de morrer, como esse que eu decorei no meu tempo de dizedora antes de ser poeta.


"se tenho os lábios bem desenhados e o seio esquerdo e direito
se falo com voz cristalina e o umbigo não é saltado
se o cabelo é alinhado e as orelhas estão sempre limpas
por que não me amas?


se tenho o pescoço longo e as emoções controladas
se sei responder às perguntas quase todas
se conheço a arte de sorrir com o rosto inteiro
por que não me amas?


se tenho sete vestidos para usar no sábado
se as pernas são rijas e as unhas não estão roídas
se leciono às quintas e a tristeza está bem escondida
por que não me amas?


se nado bem de costas e vivo bem de frente
se como pouco açúcar e bebo muita água
se a timidez que trago não atrapalha a dança
por que não me amas? 



sei responder às perguntas quase todas"


Depois ela escreveu Divã, que é um puta livro:


"Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.”


O livro (um romance, apesar do trecho acima parecer um poema - é que a Martha é mesmo poeta, não tem jeito...) foi adaptado pra uma peça de sucesso com a Lilia Cabral e agora virou um puta filme também com a Lilia, um filme divertido e sensível, daqueles de fazer chorar e rir, sabe? Eu e Rodrigo fizemos o trailer, que tá bombando nos cinemas preparando a estréia nacional dia 17 de abril.


Aí ela começou a escrever uma crônica semanal na Revista do Globo, que sai todo domingo. Foi o passo que faltava pra todo mundo por aqui passasse a conhecer e adorar a Martha, e com tudo isso, hoje ela é de todo mundo, e ainda bem!


Toda essa longa história é pra dizer que é um puta aval que ela tenha gostado do Bendita Palavra, que eu mandei pelo correio lá pra Porto Alegre e ela recebeu essa semana. Ela já tinha sido uma querida quando eu lancei o substantivo feminino e agora me mandou um email lindo, que eu nunca comentaria porque acredito na intimidade da correspondência, mas aí ela inventou de também postar um poema no blog dela, então fiquei liberada pra botar pra fora essa alegria!


Um luxo, uma delícia, uma honra.

11.3.09

Pra ouvir


Ontem, depois de uma demora quase interminável, fui ao correio mandar discos do Bendita Palavra pra duas leitoras que já compraram o livro pela internet, mas estavam curiosas pra ouvir. Ir ao correio virou uma tarefa louca pra mim, acostumada com as virtualidades e suas vantagens. Mas é um prazer saber que tem gente em Salvador e em Mogi das Cruzes querendo me ouvir no rádio do carro, no som da sala, fora do computador, enfim.


Pra quem quiser ouvir no computador mesmo, aviso que troquei os poemas da página do myspace, então tem novidade no ar, inclusive a versão da Ana Carolina pro poema do Pau Mole, gravada especialmente pro disco!

5.3.09

Reciclagem

Ando achando o Bendita Palavra um fenômeno: eu tinha 330 livros, de repente tenho 30. Fiz as contas feito doida e acho que desses 300 que já não estão mais comigo uns 60 ainda estão à venda, em lojas e livrarias e etc que eu citei aí embaixo, aqui e aqui.

Ainda assim são mais de 200 livros vendidos e dados em menos de três meses, ou seja, quase um best-seller! Eu fico especialmente feliz de saber que o livro tá andando pelo Brasil, e as vendas online fazem isso ser cada vez mais possível e prático.

Agora descobri que fica também bem mais barato. Fui parar num site genial chamado Estante Virtual, que reúne sebos do Brasil inteiro, com os livros todos catalogados, então em cinco segundos você acha o livro que quer e descobre todos os sebos que têm um exemplar, e fica sabendo também qual o estado do livro: se é novo, manuseado, se tem dedicatória, etc e tal.

Fiquei verdadeiramente surpresa de descobrir o Bendita Palavra lá, ainda de fraldas e já no sebo! Mas não fiquei triste de orgulho ferido pensando em quem teve coragem de se desfazer do meu livro não, pelo contrário: quero mais é que o livro ande, circule, me espalhe, e se quem era dono já leu e achou que não ia reler, ou nem leu e achou que nunca ia ler, que bom que o livro agora tá de novo à venda!

O melhor de tudo é que os preços são de sebo mesmo: R$9,00, R$12,00! Eu achei sensacional, e quase comprei um só pra ver se tinha dedicatória, pra satisfazer a curiosidade doida de autora de entender essa história, mas empaquei na compra e acabei mandando email prum dos sebos, o Alfarrabista Corsarium (que nome genial, não?), lá em Sampa, de onde o Fred, gentilíssimo, me esclareceu que eles recebem livros dos próprios distribuidores, mas também de jornalistas que recebem mil livros por semana. Adorei!

Sendo assim eu recomendo: quem quiser comprar baratinho passe lá, rápido porque só tem mais dois exemplares no momento! E quem quiser se desfazer do seu, ou de qualquer outro livro, crie uma conta lá e ponha à venda!

3.3.09

30mil

Sim, eu conto, e fico atenta aos números mudando aqui na esquerda. E apesar da esquerda dizer algo tipo 17.899, o meu aliado mais antigo no prazer dos números me disse hoje: mais de 30.000.

Trinta mil pessoas vieram aqui. Algumas por engano, trazidas por errôneas respostas do Google. Algumas por amizade antiga, anterior à minha virtualidade. Algumas por curiosidade e desejo, e essas voltam e ficam. Eu fico feliz com todas, que constroém comigo esse lugar transparente que é o mariadapoesia.

É um prazer encontrar vocês aqui!