20.7.17

Admiradíssima

Acabo descobrir que foi há cinco anos, nesse mesmo dia, que eu inventei, meio sem querer, a série "Admirada": eu dizendo os poemas que amo lá no meu canal do Youtube. Se tu for lá agora tem 115 vídeos. Cento e quinze vezes em que algo eu li me abriu tanto a boca de espanto que as palavras saíram e eu liguei a câmera e pá. Poetas novos e seus primeiros livros. Poetas ainda inéditos no papel. Os grandes, os já consagrados. Admiração pra todo lado.

Tem Drummond e tem Allan Jonnes. Tem Adélia e LuNa Vitrolira. Elisa Lucinda e Viviane Mosé e Manoel de Barros e Samuel Luis Borges. Tem Vitor Paiva, Pedro Cezar, Bobby Baq, Ana Blue, Angélica Freitas, Ana Martins Marques, Marcela Melo, Pedro Bomba, Beatriz Provasi, Renata Corrêa, Elizeu Braga, Mel Duarte, André Oviedo, João Bernardo, Lucas Vasconcellos, Alessandra Colasanti, Ricardo Domeneck, Rafael Iotti, Matilde Campilho, Paulo Scott. E Vinicius, Hilda, Rupi, Wislawa, Warsan, Pessoa, Drexler, Arnaldo. Até Osvaldo Montenegro tem lá.

Hoje, que eu trato a poesia como trabalho, olho pra minha vida e vejo um caminho coerente e absolutamente instintivo. Poesia. Eu vivo disso. Mesmo quando ao invés de receber pelo trabalho, pago. Mesmo quando não me dá nenhum trabalho, mesmo quando é só ligar a câmera e pá. É trabalho e é missão e é encanto e alimento.

E claro que a estréia da ideia tinha que ser com esse poemaço do Everton Behenck, o muso dessa playlist ao lado de dona Aline Bei. Não conhecem? Mergulhem lá na "Admirada" e admirem-se também.

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