Hoje ano passado acordamos com sinos e fogos de artifício. Pela janela do hotel dava pra ver a multidão, a carroça da qual os fogos saíam, e a banda vestida a caráter, os padres e tudo mais. Domingo de Páscoa em Florença é pra impressionar até os ateus - que dirá eu, que amo rituais. Num trem dias depois, enquanto dormia minha irmã e o mundo passava derretido pela janela, nasceu esse poema.
Talvez porque vendo o mundo a gente vê que se carrega pra onde vai, e que tudo é sempre provisório, principalmente quando as malas são invisíveis.
Só por hoje é o lema dos Alcóolicos Anônimos.
É o meu. Porque a vida é hoje e só por hoje, sempre.
3 comentários:
Adorei!Parabéns.
Que lindo!!! Muita emoção!!!
Este vai ser um dos poemas seus que vou falar no próximo recital da Casa Poema.
Lindermo
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