São 3h da madrugada, cheguei da festa de Natal descrita extensiva e emocionadamente no texto aí embaixo, e o sono ainda não me pegou de jeito, então vim parar aqui. Engraçado: esse post "Natal com sentido" começou como um desejo de reclamar do Natal e acabou virando quase uma ode a ele, reavivando minhas lembranças mais antigas e gostosas. Por conta dele recebi mil comentários emocionados da família, tanto que acabei lendo ele hoje à noite durante a festa, antes do jogral de todos os anos, e foi muito bom compartilhar com as pessoas que viveram e vivem essa história, e a gente estar ali de novo, anjos na parede, cartões na porta, pinheiro cheiroso piscando, e a vovó lindona no comando.
Depois de escrever o texto mergulhei ainda mais na minha insatisfação com o consumismo natalino, e resolvi fazer presentes, ao invés de comprar. Comprei blocos e caderninhos, paetês, fitas de cetim, linha de crochê, agulhas e cola pra tecido, tirei do armário os panos que eu compro pra usar num dia que nunca chegava, e mãos à obra! Foram três dias de loucura bordando paetês e colando chitas e fitas, mas confesso que estou orgulhosíssima da obra, que exibo aí embaixo junto com algumas fotos geniais do Natal desse ano.
Outro acontecimento especial desse ano foi a estréia do Luiz no Natal da Barão (nome oficial da casa da vovó). Todo ano ele vai com a mãe pra Minas, visitar a família deles, e a cada ano que passa o menino cresce e se urbaniza e gosta menos de ir pra roça, viver por um mês a vida simples do campo. Mas pra nós o que sempre deu mais pena era ele perder a chance de viver esse Natal, de conhecer o Papai Noel e ter uma noite daquelas de cinema. Pois esse ano a chance veio, por vias tortíssimas, mas diz meu amigo Pedro Cezar, "há malas que vão pra Belém" (ou "há males que vêm para o bem" mesmo).
A Graça, mãe do Luiz, teve um problema grave de varizes anteontem, véspera da viagem pra fazenda, e o médico recomendou repouso e pernas pro alto, coisas impossíveis de cumprir dentro de um ônibus sem ar durante 8 horas. Mãe e filho ficaram, pois, no Rio, e embora ela tenha se recusado a ir pra festa, ele, Luiz, vibrou com a oportunidade. Aí em cima, registro do momento em que o Papai Noel adentrou a sala, ele com esse olhar de maravilha. Aqui embaixo, o abraço inédito e a felicidade.
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