25.5.10

Honre o dom

A expressão é da Elisa, minha querida amiga e mestra. Mas me veio hoje no texto da Carrie, que me fez um bem danado nessa terça-feira nubladinha no Rio. Gosto de acreditar que tô honrando os meus talentos, na poesia e na montagem.

Meu pai diz que é um absurdo que as pessoas queiram pagar pelo esterco quando você produz orquídeas, querendo dizer que eu devia ganhar dinheiro mesmo era com a poesia, que é o meu melhor. Essas orquídeas são difíceis de vender, e no meu caso o esterco é bem limpinho e gostoso de produzir: eu adoro montar, é um trabalho criativo e autoral, então estou mais do que no lucro, vivendo do que eu gosto e fazendo o que eu amo por aí.

E é sempre bom ler um texto relembrando a importância disso em que eu acredito tanto: ser feliz no cotidiano, e não uma vez por ano.


14.5.10

vai e vem

a brincadeira é: viver a vida da fê. uma semana de andar por nova iorque e brooklyn, sem pressa, sem querer nada além de estar ali com aquela pessoa querida, e conhecer sua casa, sua cidade, suas tarefas, seus prazeres, seu amor.

depois chega a caçula e começa o afã de ver, fazer, ir, estar, lá, cá, lá de novo, vamos, vamos, e cruzamos o mapa de cima a baixo vendo quadros e ruas, fazendo compras e amizades, ouvindo músicas e vozes e ruídos urbanos.

comidas incríveis, reencontros, jazz, feira de antiguidades, calorão, metrô, musical, novidades, desejos de consumo, acrobacias, friaca, compras, saudades, risos.

e numa outra terça-feira outro avião e então o rio, os bairros, o conhecido, a cidade, os ruídos, a língua, a ladeira, os tijolos vermelhos, a campainha, e abraço e beijos e o corpo desejado desejando o corpo que chega, e a mulher que habita nele.

que bom chegar.