26.12.12

Esperança pra nós todos


Tudo bem que ontem é que foi o dia das mensagens de amor e desejos de tudo de bom pra quem a gente ama, mas hoje a Mariana me surpreendeu com esse vídeo e deu vontade de compartilhar essa emoção tão íntima, sem palco nem luz, só com os olhares amorosos da minha família querida, e deixar pra vocês meu desejo de muita esperança, além de saúde, sorte e alegria. Amor, Maria



24.12.12

E não é que eu também sou poeta?

Ando desaparecida dessa faceta, mas sou. Gosto bem de ser. Gosto bem de ser quem sou, aliás, e também da poeta que sou. Imperfeita, mas inteira. E agradeço à vida as duas coisas: ser e gostar.

Tudo isso pra dizer que um dia escrevi esse poema aqui. E um outro dia gravei esse vídeo. E hoje lembrei deles, e assisti e gostei bastante. Parece até que eu ando gostando de tudo que aparece, e nem é não, mas é um pouco também, porque gostei de ler o que escrevi lá no vídeo quando coloquei no ar.

"Dores vieram e foram.
Outras apareceram.
A alegria ainda reina majestosa sobre todos os seres que eu sou."

Que ela siga reinando, majestosa.





23.12.12

Dizendo Wislawa

A série "Admirada" voltou com tudo. Em cartaz hoje: Wislawa Szymborska. "A vida na hora". Inevitável e surpreendente, como são os bons filmes e a vida, sempre.


20.12.12

Dizendo Pedro



O Pedro é o meu melhor amigo.
Minha pessoa no mundo.
É pra ele que eu corro quando fico triste, é pra ele que eu corro quando fico feliz, e ele tá sempre lá, braços abertos e aquele sorriso pernambucano dele.
Ele me deu também a Peixa e a Dona Julia pra eu amar.
E agora sempre que eu posso eu corro pra abraçar esses três seres marítmos.
E como se não bastasse ser meu amigo, o Pedro também é poeta, de imagem e de palavra.
Esse poema tem escrito em cima "LAIFI - LIFE" e ele deu pra Lara nossa amiga quando a filhota dela nasceu.
Aí ele pegou o papelzinho e deu também pra mim, mesmo a minha filhota ainda nem tendo sido encomendada.
Quer dizer, isso sem contar a encomenda que eu fiz com uns quinze anos e que ainda não chegou.
Esse pessoal dos correios de bebês é meio enrolado às vezes, mas não tem nada não, enquanto isso eu vou preparando a casa e o coração pra quando meu pacotinho chegar.

(Pedro é o Pedro Cezar, diretor de cinema, roteirista, poeta, e agora também artista de plástico. Olha os deslimites dele aqui)

(Mais um poema da série "Admirada". Pra ver tudinho vai lá no youtube.com/mariadapoesia)

17.12.12

Eu canto mesmo assim


Ornitorrinco ao vivo


Ornitorrinco ao vivo: os leitores invadem a sala de redação do zine. 18 de dezembro, 20h, no Teatro Ipanema - [Amb/Sex III]. Os colunistas Domingos Guimarães, Franco Fanti, Júlio Reis, Keli Freitas, Letícia Novaes, Ramon Mello e eu fazem uma edição conversada do zine mais bacanudo do momento, provocados pelo editor Gabriel Pardal, com participação especial-musical de Botika.

Não faço ideia do que vai acontecer, mas com esse pessoal eu tô topando o que vier. Alegria ser parte desse bando!

1.12.12

Dizendo Hilda de novo

O poema que acordou meu amor pela poesia dela. Que lindo poder dar voz ao que me emociona.


28.11.12

Um presente do Recife

Acho que foi assim desde que pisei em solo pernambucano pela primeira vez. Alguma coisa se encaixou entre meus pés e a cidade, Recife se abriu em abraços, sons, cheiros, e tantos, tantos gostos! Gosto do jeito da cidade, do sotaque dos pernambucanos, generoso, musical, as frases começando por "então". E a alegria. E a profundeza. Recife se abriu e me deu caminhadas em Boa Viagem, a beleza de tirar o fôlego da Oficina do Brennand, as igrejas com vista pro mar de Olinda, os papos com Mariana, o artesanato, a cachaça nas ruas antigas, me deu Luna Vitrolira (chegada em Porto Alegre, onde éramos ambas estrangeiras e o afeto se fez instantâneo), Adrienne Myrtes e seu forte e delicado "Eis o mundo de fora" (sobre o qual eu escrevi aqui).

E um dia Recife me deu voz. Me deu um palco, me deu platéia. Marcelino Freire, o pernambucano que mais agita a literatura de Norte a Sul, inventor da Balada Literária de Sampa, foi quem me espalhou pro pessoal de lá. Daí Cida Pedrosa, Rita Marize e o pessoal do Sesc Santa Rita me pegaram pela mão e me fizeram dizer poemas com sotaque mais uma vez, prazer que eu só tinha tido em Porto Alegre. Poa virou meu sul, Recife é meu Nordeste particular.

Foi lá que eu conheci o Nagib, que me ouviu, comprou meus livros, me escreveu, virou amigo, e agora me presenteia com essa resenha linda sobre o meu trabalho, publicada no Jornal do Comércio de lá. Escrever é bom, ser lida é uma delícia, dizer meus poemas é um prazer imenso, e ler sobre mim é das surpresas mais gostosas que essa vida me traz. Obrigada, Nagib, pelo presente.


22.11.12

Pau Mole com sotaque português!


Geovana Pires, minha querida amiga e sócia da Elisa Lucinda na Casa Poema, volta de Lisboa e me manda esse presente: oficina de poesia falada que elas deram lá rendeu no meu querido Pau Mole com sotaque português! A moça - que além de tudo é filósofa, vê se pode? - hesita, se embola, pede cola, sorri, se diverte, inventa, transforma, e eu adorei!


21.11.12

Pra quem está


Pra quem está.

Estreando nos meus 34, eu estou.



Everton Behenck em apesardoceu.wordpress.com

12.11.12

Maria Rezende campeão!

Ter um time de futebol com o seu nome não é coisa corriqueira. O Berlusconi é dono de um time mas não teve a ousadia de mandar trocar o nome. E eu, que não ligo nadinha pra coisa ganhei esse inusitado de presente. De onde é que veio o nome do time, gente? Quem era essa Maria Rezende?

E agora de repente o Google Alert, esse rapaz sagaz e bem informado, me avisa que fomos campeões da Super Copa Uberlândia de Futebol. Fui ver o vídeo pronta pra tirar um sarro mas poxa, sabe que fiquei tocada? Um time de futebol do interior, uns mineiros com cara de gente boa, umas crianças fofas, uma música brega, e meu nome lá misturado naquilo. Achei bonito.

Parabéns, rapazes! Essa Maria Rezende aqui agradece a imprevista homenagem e deseja sorte na temporada 2013!


31.10.12

Pro Drummond nos seus 110

Porque hoje é dia de Drummond - faria 110 anos hoje.

Porque esse foi meu primeiro poema dito. Primeiro mesmo, primeiríssimo, que menina metida que eu era aos 18!

Porque semana passada eu disse esse poema depois de anos, num palco, de vestido florido, emocionada.

Porque ele é meu poeta, dos primeiros, eterno muito mais que moderno, inspiração sempre.

30.10.12

Sarauê em imagens

Nos jardins da Biblioteca Nacional, dizendo meus poemas e os do Drummond

Letícia e Lucas, queridos, fazendo Letuce voz&violão e emocionando com um poema do Drummond, além da música que mora dentro de um poema meu - sinergia&admiração




Mônia Montone, anfitriã da noite junto com o Claufe Rodrigues, em momento de figurino animado

23.10.12

Eu e Drummond no Sarauê

Sexta-feira, dia 26, vou falar poemas num evento novo chamado Sarauê. Comandada pela Mônica Montone e o Claufe Rodrigues, a noite reúne poesia, música, projeção de imagens e performances, nos jardins da Biblioteca Nacional, no centro do Rio, de graça.

Às 18h rola microfone aberto pra quem quiser levar seus poemas, e a partir das 19h rola a programação oficial, que nessa sexta é em homenagem ao Drummond e tem um monte de gente babaca, além de mim, claro!

Adorei o convite porque Drummond foi meu primeiro poeta dito, e vou ter o prazer de falar de novo "O caso do vestido", poema que aprendi lá na Escola Lucinda de Poesia Viva nos meus 20 anos, e também vou dizer dele "Ausência", poema que eu aprendi a dizer de tanto ensinar, quando era professora da Escola, e que mora dentro de um poema meu inédito.

Vai ser uma noite encantadora, tô sentindo!


(Eu era assim no dia em que subi num palco pra dizer um poema pela primeira vez, levada pela mão amorosa da Elisa Lucinda. Drummond. Planetário. Vestido de Rembrandt herdado da tia. Sobrancelhas pré-pinça. Olhar de quem sente que a vida acabou de mudar pra sempre.)




SEXTA É DIA DE SARAUÊ

Data: 26/10, sexta-feira
Local: jardim da Biblioteca Nacional
Endereço: Rua México, s/n
Horário: 18h às 21h

APRESENTAÇÃO

Claufe Rodrigues e Mônica Montone
Entrada franca

POESIA

Maria Rezende, Pedro Rocha, Juliana Hollanda, Bia Provasi
+

MÚSICA

Letuce
Linox

+

HOMENAGEM 

Carlos Drummond de Andrade 

+

VIDEOGRAFIAS

Moana Mayall

+

Músicos: Guga Mendonça e Jhonatan Gregory



MICROFONE ABERTO DAS 18h às 18h45. TRAGA SEU POEMA.

informações: www.sarauenabibliotecanacional.blogspot.com

14.9.12

Poesia no cinema, na tela e ao vivo!

Na próxima segunda-feira, 17, às 20h, o Cine Jóia vai ser palco de uma noite poética: uma sessão do filme Bruta Aventura em Versos, da Letícia Simões, seguida de falação de poesia com uma penca de gente bacana: Ana B., Ramon Mello, Juliana Frank, Lucas Viriato, Flávia Iriarte, Matilde Campilho, Augusto Guimaraens, Ismar Tirelli Neto, Pedro Cezar e euzinha. 

Venham, venham, venham.


2a feira, 17/setembro, 20h
Cine Jóia: Av. Nossa Senhora de Copacabana 680 Subsolo - Copacabana (entre Santa Clara e Figueiredo)


Pra saber mais sobre o filme:

Bruta Aventura em Versos

Ícone da poesia marginal dos anos 1970 no Rio, Ana Cristina Cesar faleceu em 1983, aos 31 anos, deixando inúmeros leitores e adeptos. Ela criou versos, traduziu poemas e contos, pesquisou sobre cinema e literatura, escreveu artigos. Seu estilo direto, delicado e visceral influenciou o trabalho de diversos artistas. A partir da apropriação de sua obra por outras pessoas, o documentário procura captar a beleza e a originalidade de sua escrita, seja através da dança de Marcia Rubin, do espetáculo de Paulo José e Ana Kutner ou da poesia de Alice Sant’Anna. Todos, de maneiras diversas e particulares, conviveram com as vírgulas, as pausas, a voz e os olhos da poeta.

Diretor Letícia Simões

Roteiro Letícia Simões, Márcia Watzl

Fotografia Alberto Bellezia, Mariana Bley

Montagem Márcia Watzl

Música Marcos Kuzka Cunha

Produtor Guilherme Cezar Coelho e Pedro Cezar

Produção Matizar Filmes e Artezanato Eletrônico

30.8.12

Ecos da pré-estreia!

Nasceu! Foi uma noite intensa, cinema lotado, seis salas com gente de todo tipo misturada, aquela badalação de artistas e imprensa e muita gente civil, que provavelmente nunca foi a uma pré estreia na vida. Ficou a cara do filme e a cara do Rodrigo Bittencourt
, diretor do filme, um banguense todo misturado! Foi lindo ver na tela o trabalho de tanta gente e de tantos anos, agora é esperar dia 7 de setembro e ver o que a estreia nos reserva!

Matérias super legais sobre o filme e a pré no Bom dia, Rio e no VideoShow! E destaque total na coluna Gente Boa de hoje no Globo!

28.8.12

Totalmente Inocentes: meu maior lado A




Quase todo mundo que faz arte hoje em dia tem outra profissão, já que se sustentar escrevendo, atuando, pintando, é difícil pra chuchu... Eu tenho a sorte de ter um lado A também criativo: sou montadora de filmes, trabalho delicioso e que b
em se aproxima da minúcia e do jogo de encaixe que é a poesia. Pois semana que vem, dia 7 de setembro, estreia o primeiro longa metragem que eu montei, TOTALMENTE INOCENTES, um filme do Rodrigo Bittencourt (que aliás encarna como ninguém o artista múltiplo: é roteirista, cineasta, romancista, compositor e cantor), com produção da Mariza Leão e da Iafa Britz e um monte de gente legal na equipe e no elenco. É um filme jovem, novo, cheio de frescor, e eu tô super orgulhosa de estrear assim! 





Pra saber mais sobre o filme, matéria ótima que saiu ontem no Globo Online!

27.8.12

Ornitorrinco #36


5:15 da manhã na floresta. Barulho de cachoeira que aumenta, mais do que quebra, o silêncio. Céu pretinho, sirene na distância, manta nas pernas, o branco da tela do computador. Em algum longe um cão uiva, em algum canto uma gata branca de rabo preto dorme culpada. Uma noite mal dormida e serena. Cocô, tosse, leite quente: brincar de ser mãe na madrugada.
Depois escrever. Os galos começam a cantar ainda tímidos, o céu já azulou marinho ou é só desejo? Ver amanhecer é raro e bom pra quem nunca foi monge nem vigia noturno. Silêncio. Ele hoje quer dizer: fim da tosse, nenhum miado, a eternidade líquida da cachoeira.
Ler Clarice e descobrir que não foi acaso nunca ter lido Clarice. Não gosta de Clarice, e sabe que é inevitável que isso soe como burrice ou provocação. E no entanto descobrir que depois de umas páginas de Clarice escreve diferente. "A eternidade líquida da cachoeira". Mas ao contrário de Bethânia não queima nunca o trabalho dos dedos, não rasga e quase não reescreve. Deixa o cheiro de Clarice entrar, sem devoção ou repúdio. "Repúdio". De novo.
Agora sim, o azul é fato. A imbaubeira já se revela pelo vidro da janela. Já desejou um vestido cor de céu de quinta-feira com estampa de imbaubeira. Tom de amanhecer de fim-de-semana também é bonito. Lembra da história contada pela avó, a princesa com um vestido de céu estrelado com todas as constelações, outro de fundo do mar com milhares de peixinhos, e mais quais mesmo? Eram sete. Sempre são sete. Anões. Vestidos. Anos de diferença.
Mais galos. Mais folhas recortadas contra o céu que clareia. Do outro lado do vale duas luzes são as únicas lembranças de que o mundo existe fora daqui. 
Aqui louças na pia, um cobertor feito de sonho, uma pedra de sal dos Himalaias, uma samambaia magrela. O dia nasce azul bebê na montanha. Faz frio, a lombar reclama, a cachoeira derrama, escrevo. No quarto ao lado um homem dorme. O sentimento não. O sentimento é o insone mais feliz do condado. 

.:. Dessa vez era tema livre, e pra mim a madrugada virou beleza. A Letícia sente saudades de telepatia, o Ramon quer muitas páginas, o Julio tá sanguinário, a Keli teve uma epifania podológica, o Franco vislumbrou um carná carnal. Ficou supimpa, viu? Recomendo.


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