14.12.07

noturno

Não é vontade de falar
Não é saudade de ninguém
Não é sono nem insônia
Não tem angústia no escuro

Apagado, o abajur descansa
Os cabelos não dormem sob o vento do teto
Idéias de receitas cruzam a cabeça

O corpo deitado sabe que não vai dar certo
Mas tira a lâmpada do repouso
Os dedos trabalham e os olhos reclamam:
É tudo esforço inútil

Amanhã o sol arrebenta na cara
E as olheiras afundam um pouco mais


(Mas felicidade não é muito diferente disso não)

Nenhum comentário: