Não é que eu pego o caderno e não vem nada. É que eu não pego caderno nenhum. Nem carta de amor, nem lista de compras, nada. Poema então, passa longe.
Sou eu que preciso cuidar disso, mas me entendam: comecei a escrever isso no computador da ilha de edicao do meu pai, onde passei a tarde de sabado tentando terminar um trabalho, sem sucesso. Continuei na minha ilha, sabado a noite, onde a coisa ainda nao rolou mesmo eu insistindo ate 23h30... Entao agora, domingao de sol, ca estou de volta a ilha de edicao numero 1 (num mac sem acentos, notem a diferenca!), tentando pela 3a vez gravar um dvd de um curta metragem no qual o meu trabalho ja deveria ter terminado ha meses!
Ok, pode-se dizer que ha tempos atras eu gastaria as horas vagas entre exportar o arquivo e queimar o dvd escrevendo poemas. E verdade, e tambem nos sinais de transito e nos bloquinhos que andavam na bolsa e em guardanapos de bar e. Mas gente, gastar quase 20h pra fazer um trabalho mecanico que meu assistente faria em 2h - se nao tivesse me abandonado e ido ser feliz no frio de Londres - e de enlouquecer o cidadao. E foda, nao e mole nao. Nao rola nenhum pensamento criativo, nenhum lirismo, so desejo de praticidade.
Nao, eu nao vou desistir. A poesia ainda e o que me faz mais feliz. E ja que nesses tempos ela tem sido mais dita do que escrita, talvez seja mesmo a hora de eu parar de adiar a criacao do espetaculo que sonho fazer com os meus poemas pra estrear no palco da Casa Poema. Isso, Maria, anuncia pra ter cobranca. Boa.
(e torcam por mim porque o arquivo ainda ta na metade do export...)
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