11.9.08

enfim a data

Ok, ando precisando escrever, e parar de só citar. Mas é que às vezes a tela branca realmente não desperta nada, não é gênero dos cronistas não. E depois de tempos bissextos por aqui ando gostando de estar mais presente, mesmo que pelas vozes de quem eu gosto mais do que pela minha mesma.

É que a vida tem muita conta de gás, muita recisão de contrato, muito marcineiro que marca às 8h (e fura), muito pedreiro todo sábado, muito telefonema pra net, e é preciso que a poesia mostre suas unhas, me rasgue a pele das costas de raiva por ficar tanto tempo de lado, sempre a última da fila, a prima pobre, é preciso que ela monte em mim feito cavalo de macumba, pra que eu enfim emerja do submundo do dia-a-dia pra cuidar dela como ela merece.

Pois ela mostrou, rasgou, montou, e eu tô emergindo, devagar pra não ter susto, mas senti a porrada, acusei o golpe e aviso: tô de volta. O livro sai em novembro. Não queria dizer pra não ter cobrança mas, porra, eu preciso ser cobrada. Novembro. Bendita Palavra. Podem cobrar. Cobrem. Obrigada.

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