Dias depois, na Palavraria - a minha livraria em Porto Alegre, onde o a Carla, o Paulo e o Carlos são sempre abraços&sorrisos pra mim -, numa mesa com os queridos Botika e Marcelino Freire, conheci a poesia escrita dele, e adorei. Agora viciei no Apesar do céu, onde acho delicadezas como essa:
Saudade é provocar o amor
Até não aguentar mais
Como em uma propaganda antiga
De refrigerantes
Saudade
É cutucar o amor
Com vara nenhuma
É o medo do amor
Não ser o mesmo
Quando a gente acorda
É o medo de ter a mão
Devorada
Por uma fera
Sem que ela saiba
O que significa
O que está engolindo
Saudade
Quando diz de verdade
É um cisco
No pensamento
Que o outro
Ausente
Não sopra
Everton Behenck
Até não aguentar mais
Como em uma propaganda antiga
De refrigerantes
Saudade
É cutucar o amor
Com vara nenhuma
É o medo do amor
Não ser o mesmo
Quando a gente acorda
É o medo de ter a mão
Devorada
Por uma fera
Sem que ela saiba
O que significa
O que está engolindo
Saudade
Quando diz de verdade
É um cisco
No pensamento
Que o outro
Ausente
Não sopra
Everton Behenck
Um comentário:
ai... que lindo que lindo... Outro dia, num filme ouvi o sujeito dizendo (e super entendi) que tinha uma especie de saudade que era como estar sempre "homesick from a place I've never been"
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