11.6.17

Monólogo Público: obrigada, Michel





Esse é o Michel. O Michel é um monstro de luz. E de sombra. O Michel faz poesia com o corpo todo. No corpo do Michel tem cabeça peito bunda que bate no chão tem olho mão braço comprido pé barriga coração. No corpo do Michel tem um demoniozin irônico e um anjo que só diz verdades. 

Eu tô de peito rasgado a canivete enferrujado de avô, peito estraçalhado de pomba no alto da casa em frente, eu tô sangrando que nem aquele lutador de MMA recordista mundial de esguicho, eu tô agradecendo a sorte grande de estarmos vivos no mesmo lugar ao mesmo tempo, de ter visto o Michel, menino grandalhão, dizer poemas no palco do CEP 20.000, muito antes de eu imaginar que também iria dizer poemas ali, de ver em tempo real as marcas que ele deixa na superfície do mundo e poder abraçar ele depois, eu tão maior do que era quando sentei atrás dessa cabeça aí da foto. O que mais tem no Michel é coragem.

"Monólogo Público", de sexta a domingo no Sesc Ginástico. Só mais duas semanas. Não perde não, inocente. Vai lá sangrar também.

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