2.6.11

Não é treino, Antônio, é ensaio!

Tá bom, tô cheia de citações e títulos esquisitos. Mas é que eu amo "A Máquina", o livro da Adriana Falcão, que eu li e reli mil vezes, vendo a peça umas duas entre as leituras, pra dar fôlego. E quando o Antônio pergunta "cheguei tarde pro treino, Karina?" é isso que ela repete, já impaciente porque ele não aprende a diferença.

Pois agora eu sou meio Karina meio Antônio. Pela primeira vez na vida tenho um compromisso com esse nome: "ensaio", eu escrevo na agenda virtual, e um sorriso se desenha no rosto. Vou sair mais cedo hoje porque tenho ensaio - eu aviso aos clientes e parceiros de trabalho. Desliguei o celular porque estava ensaiando. É um arraso de bom. Novidade embrulhada em papel celofane azul royal.

Ainda mais porque "ensaio" quer dizer encontrar a Ana. A Ana é a Ana Kutner, minha diretora, minha mais nova amiga de infância, com quem eu tenho o prazer de compartilhar esse momento tão particular da minha vida, com quem eu aprendo rindo e divido o peso das tristezas que aparecem, e que me emociona quando me pega pela mão e me fala sobre um medo que rolou "você acha que a gente vai deixar você se espatifar? tá doida?" "a gente quem, Ana Kutner?" "a gente, as pessoas que te amam!". Tem amor nessa nossa mistura, e que luxo trabalhar assim!

Pois descobri que eu sou meio Karina meio Antônio porque tem horas que o ensaio tem jeito de treino, e só percebi isso essa semana, quando dona Ana me botou pra correrpulardançar pelo palco durante umas boas duas horas. Era uma noite gelada no alto da Gávea e eu saí de sutiã e cabelos molhados de suor, um roxo no joelho esquerdo, as costas em petição de miséria, a alma limpída e o pensamento alegre.










Hoje, depois de uma sessão salvadora na osteopata, eu pedi com jeitinho e ela, que é um doce, me deixou ficar mais calminha. Passamos um corridão do espetáculo, e vimos pela primeira vez a cara que ele tem agora, com o roteiro que parece que vai ser o definitivo - pelo menos pelos próximos tempos. A vida sabe ser boa, eu digo e repito, e nunca canso de concordar comigo nesse quesito...

8 comentários:

anuska disse...

Maria,
que belo!!!
Estou com Aninha agora curtindo a bichinha,que bom
ter você com a gente...
Beijos
Clara

anuska disse...

Maria minha flor, a sua disponibilidade me move!
Prazer de tê-la comigo! Se todos os encontros fossem assim, os corações estariam curados e tudo se materializaria em luz. Para o alto e avante!

maria rezende disse...

Clara querida, que delícia ter você acompanhando o nosso processo, tô doida pra em breve ter você mais perto e assim ter não uma mas duas Kutners me dirigindo, eita alegria!
Anuska, queridoca, tem sido bonito e fácil brincar de invenção com você. Vambora que só melhora!
Amor, Maria

Carol Rheinheimer disse...

"a gente" está contigo nessa!! muito amor pra vocês e pra esse trabalho lindo!

maria rezende disse...

caroles! e eu tenho alguma dúvida disso? =) obrigada, querida!

Mariza Leão S disse...

uau...

Vanessa Pachu disse...

Quero achar o substantivo feminino para compra... Alguem pode me dar uma luz???

anuska disse...

bonita! sei que vc tá lendo meu blog, mas vc não entrou como seguidor. Coloque lá,será um estímulo. beijos <3