Foi a tia do Rodrigo que ouviu. Na rádio gospel, domingo passado, o pastor recomendou vivamente que todos comprassem o livro Bendita Palavra, de Maria Rezende, e citou o mesmo poema sobre o qual a Martha escreveu no Globo mês passado (e que aliás ela retoma hoje, meu deus, a vida pode ser muito boa).
Pois o pastor também gostou desse poema que fala sobre momentos em que a gente não se sente bem na própria pele, e usou esse mote pra falar de mudança. Foi isso que me disseram. Eu ouvi e fiquei pasma: mas o pastor não discordou do baita palavrão que vem alguns versos depois desses? Ele não ficou chocado? Não teve medo de chocar os fiéis que porventura sigam o conselho e comprem o livro?
Talvez não, talvez ele seja um pastor moderno. Mas minha conclusão é a seguinte: ele é um pastor bem informado, leu a Martha, gostou das reflexões dela, viu que o título do livro é Bendita Palavra, juntou tudo e não teve dúvidas, indicou. Eu adorei, e tô aqui curiosíssima imaginando os desdobramentos dessa indicação.
Gente indignada bramindo o livro e pedindo a cabeça do pastor. Gente maravilhada com a possibilidade de pensar e sentir as coisas escritas ali, mesmo sendo fiéis calorosos. O pastor arrependido. O pastor realizado.
São muitas possibilidades, e eu provavelmente nunca saberei o que aconteceu. Mas eu, que vivo desejando e batalhando pra me espalhar por aí, realmente não esperava por essa. E adorei! Quem quiser ler o poema inteiro pra entender o meu susto, tá aqui.
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